(Titulo por Rui Duarte)
Vamos ver se ainda sei colocar cenas aqui. Cenas giras…
Dia 25 de abril. 2016, dia de comemoração da grande Revolução pela Democracia e Liberdade, pelo que parecia justo haver jornada dos Homens da Luta do Geocaching.
Sempre em prol das populações locais, mais nomeadamente A-Dos-Cãos, os HLG têm ajudado na organização e concretização de várias e determinadas (giro, hein?) ações. Caminhadas, festas, etc.
Com o aproximar das Festas de A-Dos-Cãos lá para o meio de maio, foi então necessário fazer a prospeção do caminho em falta para a Caminhada programada para dia 14. Diz que passa em belos trilhos da Serra da Carva.
O Cláudio tinha ideia de um trajeto ideal para o regresso da Serra para a aldeia, mas no dia anterior, a pé com outros camaradas, não o encontrou.
Foi então solicitado apoio logístico dos restantes Homens da Luta. O Rui Duarte foi só para acompanhamento e registo dos acontecimentos, para depois se poder comprovar que… “este foi também dia da vegetação sentir o poder da Revolução!”, como ele próprio referiu.
Foi portanto de foice em punho a desbravar silvas e outro mato que o Cláudio liderava pelo caminho até então impercetível. Logo seguido pelo Range Rover da Classe Operária, a galgar lagos de lama, pedregulhos e também a desbravar mato às custas do sacrifício da linda pintura metalizada.
O caminho era de facto muito bonito, por entre as florzinhas que desabrocham nesta primavera que se estava a fazer difícil de se fazer sentir, e com os campos mais verdejantes que nunca, por o sol, que hoje finalmente nos visitava satisfatoriamente, incidir na farta vegetação que este verão deverá voltar a arder… Mas a progressão era lenta. Dois homens à frente, mas um deles não sabia, ou não queria, usar a enxada, e desculpava-se com a habitual caça de fotos à passarada, com truques e zooms para dar nomes esquisitos àquilo que não passa de… mais um pássaro, pá! Era portanto só o Cláudio a trabalhar, o que não foi suficiente para afastar todos os arbustos que insistiam em guinchar na pintura das portas do Range.
E não foi só. A vegetação ripostou e contra-revolucionou e… arrancou os cantos do para-choques traseiro.
Está bem que eu sempre quis experimentar o look à lá Range Rover dos anos 70, mas não havia necessidade de forçarem a situação. Os cantos não são realmente as peças mais bonitas neste fabuloso e clássico automóvel, e aqueles ainda por cima já “recauchutados” e mal colocados após a pintura de há uns anos mereciam uma reformulação. Mas eu acho que consigo colocar aquilo melhor, de modos que fui a pé à procura dos ditos. E lá estavam eles agarrados a silvas e ramos de oliveira.
Mais uma vitória da classe operária, pá!